sábado, 20 de outubro de 2012

O álcool e o moço

Moço novo, sem esperança, há pouco era uma criança. Roupa bem suja, quase não é notado por quem passa. Seu olhar no vazio é de total e cruel abandono, um pobre coitado. Pele queimada do sol, garrafa de cachaça na mão. Os ébrios perdidos são a sua Família e seus irmãos. Mas eu me lembro dele, moço de bem, trabalhador... Agora anda triste carrega em sua face expressão da dor. Não é feio, se perdeu no meio de uma sociedade discriminatória. Onde o descaso psíquico assola e prejudica muita gente em sua breve trajetória. Mas ele sorri quando se embriaga na praça!!! Quando me vê se esconde, fica meio sem graça. De onde vem essa falta de querer ir à luta? Pra onde vai o moço, um ser como eu que por um motivo ou outro ninguém mais escuta? W.Marques

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